Olá, queridas leitoras! Obrigada por continuarem aqui, acreditando em nós e no amor. Nosso primeiro post, após essa não tão pequena, pausa é real e sobre uma viagem a dois cheia de significado.
A Fly e o Pedro viajaram para Cusco, no ano passado, e ela contou um pouco sobre como foi emocionante realizar esse sonho ao lado do seu grande amor. Acompanhe o relato e as imagens enviados por ela e se apaixone também!
E lá vamos nós…
Antes de tudo, preciso falar de como e quando essa viagem começou. O sonho de conhecer Cusco nasceu no meu coração antes mesmo de conhecer o Pedro!
Folheando meu livro, ainda no fundamental, me encantei com Machu Picchu. Os mistérios por trás das construções e a forte ligação com a natureza me fascinaram. Assim, ver de perto esse símbolo enigmático de resistência e sabedoria se tornou uma ambição.
Bodas de sonho
No dia 8 de março, completamos 4 anos de casamento, as bodas de flores (veja as nossas bodas anteriores aqui). Mas eu bem que poderia chamar de bodas de sonho, porque foi assim que decidimos comemorar.
Pouco depois de casarmos, compartilhei essa ideia com o Pedro, mas a pandemia acabou adiando nossos planos. Porém, há um tempo certo para tudo e Deus permitiu que fosse agora.
Logo, a emoção já começou na compra das passagens. Meu coração não cabia no peito, quando constatei que, sim, era real!
Cusco
A princípio, Machu Picchu era o único objetivo. Nos meus sonhos adolescentes eu nem queria saber se existiam outros lugares pra visitar, porque Machu Picchu já era grandiosa demais.
Porém, à medida que fui vendo vídeos e roteiros dos visitantes, percebi que Cusco era o destino final dos voos de quem, assim como eu, queria conhecer uma das sete maravilhas do mundo moderno. Então fui pesquisar sobre.
Cusco: a capital arqueológica da América
Cusco fica a mais ou menos 106km de Machu Picchu e é conhecida como a capital arqueológica da América. Além disso, a cidade é Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco!
Enquanto pesquisava, fui me apaixonando por cada detalhe dessa cidade. E isso não me deixou menos surpresa quando cheguei lá. Me emocionava ao ver de perto o que já me era tão familiar por vídeos e fotos.
Coricancha, Sacsayhuaman, Pucapucara, Tambomachay… até os nomes dos lugares eram poemas aos meus ouvidos. Quechua, a língua nativa mais falada na América do Sul, era a língua falada pelos povos originários (e ainda viva hoje). Já no primeiro dia tivemos uma imersão na cultura inca, com palavras e seus significados, cenários reais e muita história.
Mas os dias seguintes, ainda tinham muito a oferecer…
“Essa cidade não vive do turismo. Cusco vive da sua cultura, das suas tradições. O turismo é uma consequência.” (Até a Próxima Vez, Filme da Netflix)
Quando já tínhamos voltado de viagem assistimos um filminho, daqueles romances bem “água com açúcar”, mas essa frase me chamou a atenção porque resumiu bem a impressão que tivemos da cidade.
As inúmeras “atrações” de Cusco e arredores não estão ali propositalmente para atrair a atenção dos turistas, não foram feitas para isso. A cidade é rica em belezas naturais, história e cultura, e isso fascina os turistas. A identidade preservada pelos orgulhosos e hospitaleiros habitantes acaba atraindo as pessoas por consequência.
Assim, todo o conjunto de características criam uma atmosfera quentinha, que independe da temperatura. Aconchegante e charmosa, essa cidade faz você se sentir em casa.
É sobre sentir!
Cusco está mais para aventura, do que para lua de mel.
Com 3.399m de altitude, a cidade não dá nada de graça e te desafia logo na aclimação. Com suas subidas e descidas, dificultadas pelo ar rarefeito, é preciso tomar alguns cuidados para evitar o soroche. Literalmente, uma cidade de tirar o fôlego, hahaha!
Além disso, fomos no período seco (entre julho e agosto), quando as temperaturas ficam mais baixas. O deslocamento para os sítios arqueológicos também pode ser um pouco cansativo. Isso porque os locais são distantes do Centro e as estradas não tão boas. Ah, alguns destinos incríveis, como Montanha Colorida e Laguna Humantay, exigem um esforço extra, dada a altitude que é maior.
Mas essa é a vibe. Sentir as emoções fluírem e sentir também o corpo em movimento! Nossas bodas de flores serão sempre lembradas pelo quanto nos divertimos e nos conectamos um com o outro. Rimos, choramos e vibramos juntos, porque Cusco é sobre sentir.
E nós sentimos a alegria, a beleza e, principalmente, o amor. O amor um pelo outro e o amor de Deus por nós. Cada detalhe majestoso parecia um lembrete do cuidado de Deus e da sua presença. Não é à toa que os incas tinham na natureza as suas divindades. É fácil sentir esse senso de pertencimento com o universo.
Cusco te desafia
Precisamos descolonizar o turismo e estar abertos às condições do lugar que visitamos. Entender que devemos nos adaptar ao meio e não o contrário, torna tudo mais fluido e agradável. Viagem em casal não precisa ser só aquela de descanso, sombra e água fresca.
Além disso, não tem nada mais romântico que o pôr do sol, depois de uma dessas excursões. Ficávamos paralisados, observando as cores no horizonte, que iam mudando à medida que entardecia. Um espetáculo!
A nossa mensagem para quem quer conhecer o lugar é: Deixe Cusco te desafiar, pois também vai te surpreender! Voltamos felizes e ainda mais apaixonados! Ah, e com vontade de voltar…
Veja também:
Bodas de Mel no Deserto do Atacama