Em matéria de amor conjugal, a realidade transcende a ficção. O problema dos romances, filmes e novelas é que neles o casamento termina no altar, enquanto, na realidade, o altar é apenas o começo da jornada. Passadas as emoções do início, passada a lua de mel que se dilui como o esplendor de um fogo de artifício, o príncipe encantado e a bela princesa encontram surpresas, falhas e defeitos que só o verdadeiro amor poderá superar.
A juventude passa. O tempo e a gravidade redesenham as formas e vencem a todos. As ilusões desaparecem sob o peso da mão ferruginosa do tempo. O fogo dos impulsos e o calor das paixões se arrefecem na corrosão dos meses e anos. Mas “o amor nunca falha”, diz o apóstolo. O casamento não é um piquenique, mas uma sala de aulas, onde devemos aprender lições de dedicação e serviço. Não existe no casamento o monopólio de opiniões; portanto, os pares devem aprender a expor e não impor ideias.
É preciso aprender a dominar a arte de ouvir e dialogar. É necessário estar consciente de que a falta de tempo, por excesso de compromissos, é a responsável número um pela morte do relacionamento. Jamais utilize o sarcasmo e a ironia como armas de conflitos. Conta-se da esposa que diz ao marido: “Querido, você se importaria se eu fizesse uma lista de seus defeitos?” Ele responde: “Absolutamente, querida; afinal, minha mãe já me advertia de que tais defeitos me impediriam de arranjar candidata melhor!” Não adianta ganhar a discussão e perder o coração amado.
Nunca desista de seu cônjuge nem pense que seu casamento foi um erro. Não se apresse em julgar. Tenha uma visão realista de si. Isso vai tornar você humilde e tolerante com o outro. Evite as comparações. Pense bem antes de agir. Evite os “invasores espaciais”, não ETs, claro, mas as pessoas e sentimentos que invadem o lar: sentimentos de ciúme, insegurança, baixa autoestima. Cuidado com as falsas expectativas. Seu lar é formado de dois seres humanos, um deles é você mesmo!
Ouvimos de casamentos destruídos pelas incompatibilidades. Mas o que realmente destrói casamentos é a incapacidade de administrar as incompatibilidades. Lembre-se, finalmente, de que o amor não é algo que se adquire para toda a vida, que possa ser armazenado ou engarrafado. Ele cresce com a prática.
Fonte: Encontro com Deus – Meditação Matinal 2014 – Casa Publicadora Brasileira
Paula says
Bia!
Linda passagem deste livro maravilhoso! Adorei lê-la aqui no Nossas Bodas!
Super beijo!
Paula